Contadores de história, mantem viva a tradição popular: 1 - Rubens Castro conta a lenda
da cobra grande do Carão, 2 - Cléia Simão contou a história do fogo fato,
3 - Edval Meireles contou a história do pescador Landico.
Mestres da cultura popular e de comunidades tradicionais, da comunidade rural do Carão, do lago de Serpa e do bairro de São Jorge, participam da tarde dos contadores de histórias da 1ª EXPOFEST, a ação foi articulada com o apoio da coordenação do coletivo cultural Galeria de Artes Terezinha Peixoto. Na platéia como no palco, idosos, jovens e crianças, prestigiaram esse momento impar da história.
A PESCA DO LANDICO
Contador: Edval Meireles
Seu Landico foi pescar no seu pequeno casco.
Botou as malhas e atou os dois espinhel com cinco anzol casa um .
Enquanto foi dá um bordo ver se pegava mais uns peixes.
Quando percebeu já era quase noite.
Foi ver os espinhel e em cada anzol tinha um tambaqui daqueles pretão que o menor dava 12 queilos
Foi ver as malhas tinha dois pirarucu que dava uns 60 quilos cada um.
Ele botou no casco e tacou no remo, mas como já ia anoitecer, não dava tempo dele rodear pra voltar pela boca do igarapé por onde entrou.
Então ele decidiu voltar pelo varador.
Encostou, caiu n'agua e levantou o casco no ombro, com os dez tambaqui , os dois pirarucu, e os terem e saiu correndo na direção do rio principal.
Quando saiu na fazenda o dono não estava e os cães invadiram ele
Aí ele ia descendo a ladeira correndo e chutando os cães.
Chutava prum lado, chutava pra outro que os bichos iam lá em cima. Até pararam de latir e ele não viu mas nem um. Mas sentiu que o casco tava mais pesado.
Quando ele chegou na beira d'água que arriou o casco
Num é os cães tavo tudo morto dentro do casco.... Quando ele chutava os cachorros iam lá em cima e caiam dentro do casco.
O detalhe: seu Landico tinha 70 anos anos quando fez essa proeza e jurava que era verdade!
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